O 25 de abril de 1974 marca um dos momentos mais importantes da história contemporânea de Portugal, nesse dia, ocorreu a Revolução dos Cravos, um golpe militar que derrubou o regime autoritário do Estado Novo, liderado por António de Oliveira Salazar e, posteriormente, Marcelo Caetano.
Este evento foi um marco na história de Portugal, pois pôs fim a décadas de ditadura e inaugurou um período de transição democrática conhecido como Processo Revolucionário em Curso (PREC). O 25 de abril é celebrado como um símbolo da liberdade, da democracia e dos direitos humanos em Portugal.
As conquistas desse período incluem a legalização de partidos políticos, a realização de eleições livres e a implementação de uma Constituição democrática. Além disso, o processo de descolonização foi iniciado, levando à independência das antigas colónias portuguesas em África. No contexto do sindicalismo, o 25 de abril também teve um impacto significativo.
Antes da Revolução dos Cravos, o sindicalismo em Portugal estava sujeito a fortes restrições pelo regime ditatorial. Os sindicatos eram controlados pelo Estado e muitas vezes serviam aos interesses do regime, em vez de representar verdadeiramente os trabalhadores.
Após a revolução, o sindicalismo português experimentou uma revitalização. Os trabalhadores ganharam liberdade para se organizar e lutar por seus direitos. Surgiram novos sindicatos independentes e as organizações sindicais existentes foram fortalecidas. O sindicalismo passou a desempenhar um papel fundamental na defesa dos direitos dos trabalhadores, negociando condições de trabalho, salários e benefícios.
No entanto, o sindicalismo em Portugal também enfrentou desafios ao longo dos anos, incluindo debates sobre a sua representatividade, eficácia e relação com o governo e os empregadores.
Apesar disso, o legado do 25 de abril continua a inspirar a luta pelos direitos dos trabalhadores e pela justiça social em Portugal.