Hoje, dia 8 de outubro, realizámos a 7ª reunião no âmbito das negociações com a AESIRF. Na reunião anterior, os Sindicatos decidiram avançar com uma contraproposta, cujo objetivo era que a AESIRF fizesse uma análise do texto proposto e nos indicasse quais as cláusulas que consideram problemáticas.
No entanto, a AESIRF, após a reunião, enviou um novo texto que foi também remetido a outras organizações sindicais. Este novo texto representa um retrocesso em relação a todo o processo negocial, uma vez que, exceto pelos aumentos salariais propostos, todas as outras questões apresentadas são desfavoráveis.
Os aumentos salariais propostos são:
2025: %SMN + 1%
2026: %SMN + 3%
2027: %SMN + 4%
Apesar de a proposta de aumento ser positiva, vem condicionada à aceitação da proposta de CCT pela AES e POS, o que consideramos uma manobra demagógica.
Além disso, a nova proposta inclui cláusulas penalizadoras, como o Banco de Horas e a Adaptabilidade a 12 horas, além da retirada de vários direitos atualmente garantidos no setor, como a Cláusula 45 (penalização por incumprimento do CCT). A AESIRF também afirmou que não há espaço para aumentos diferenciados, sob o argumento de que isso afetaria a capacidade concorrencial das empresas.
Sobre a Cláusula 45, consideramos que, se as empresas desejam realmente o cumprimento do CCT, não deveriam querer eliminá-la, mas sim torná-la mais rigorosa. A insistência na sua remoção apenas reforça a nossa convicção de que ela é uma ferramenta crucial para garantir o cumprimento das normas.
Na reunião de hoje, os Sindicatos expressaram o seu descontentamento com a falta de respeito demonstrada, deixando claro que na próxima reunião, no dia 17, esperam que a AESIRF apresente as cláusulas que consideram verdadeiramente inaceitáveis. Além disso, exigem que qualquer cláusula inaceitável seja quantificada e refletida nos aumentos salariais.
A AESIRF não pode continuar a falar de equilíbrios sem acabar com o tratamento desigual entre os trabalhadores. Não pode haver trabalhadores de primeira e de segunda classe. Todos somos trabalhadores e temos de ter os mesmos direitos! E por isso que continuamos a lutar por um CCT ÚNICO. Os Sindicatos também colocaram sobre a mesa a possibilidade de recorrer a ações de luta, incluindo GREVE, caso no dia 17 não haja uma progressão realista nas negociações.
Informamos ainda que a AES respondeu à carta enviada pelo SUSP, ASSP e STTEPS congratulando e aderindo à iniciativa dos Sindicatos. Assim, continuaremos a trabalhar em conjunto com a AES para alcançar a nossa reivindicação fundamental.
TODOS POR UM CCT UNICO, TODOS POR JUSTIÇA, RESPEITO E DIGNIDADE NO SETOR DA SEGURANÇA PRIVADA.
A Direção
SUSP - De todos para Todos